sábado, junho 04, 2011

Tolhida

Porque o Inverno,
aquece.
Melhor que qualquer coisa,
não me deixa decair.

Me lembro,
o resto,
os amores,
a relutância,
as cores.
Linda quimera.

Mísera,
em torno do nada onde caminhei.

Sendo,
energia que viaja.
Devaneando,
na alma.

Corroendo - se,
em seu devido tempo.

No tema da vida
empregando em despedida.

segunda-feira, maio 02, 2011

Uns tudo

Ao acordar,

um cheiro, de creme com as essências naturais emana de sua pele,

um espreguiçar acanhado, ou as vezes de dar cãibra,

um vagaroso entreabrir de olhos, receosos que ensejam abandonar a penumbra,

um sorriso, maroto com leves buraquinhos em suas bochechas,

uns pensamentos, desordenados,

umas vestes, embaraçam por todo seu corpo,

um jeito de ser, desengonçado de estar,

um corpo, a sua maneira de dormir e acordar,

Tudo lhe é peculiar.

domingo, março 13, 2011

Delonga existência apurada

Gotas caem no solo,
umedece uns
encharcam outros,
fazem querer colo.

Noite sem fim,
alguém, não para de pensar em mim.

Noite apática,
aquela sensação que a Terra está estática.

Dia corriqueiro,
água do mar, do coco, do coqueiro.

Dia caracol,
lento, do calor, do Sol.

A vida é assim cheias,
de rimas, de nós.

Muito temperamento,
mas faltando uma pitada de condimento.

Prossigo enfim,
persistente.

Entorpecentes prazeres efêmeros.

Vivacidade austera,
paliativo, inúmeros.

Causados por mim.
Desviados até mim.
As vezes, dedicados a mim.

terça-feira, janeiro 18, 2011

Ventilador

Aquela leve brisa artificial,
percorre meu corpo,
fazendo cócegas de forma banal.

Absorvida em cada poro,
refrescando instantaneamente,
livrando desse calor infernal.

Passeando pela pele,
eriçando meus pelos e os fios de cabelo.

As vezes causando frio, ou provocando arrepios.

E pela manhã, fazendo fungar e olhos lacrimejar.

Minha mãe,
cansou de me avisar.